Author: Teresa Eutrópio

Dilemas da vida – O que podemos aprender com nossas explosões? – “Explosões? Mas você explode, Teresa? Você me parece tão serena, calma e meiga!” Sim, sou predominantemente calma, meiga e paciente, mas por ser (como diz um amigo) uma “pessoa humana”, eu explodo. E por vezes com intensidade. Se me perguntarem se gosto disso, direi que na maioria das vezes não. Que prefiro ser firme, brava, mas não explosiva. A sensação de explodir a mim não é confortável. Mas, uma vez acontecido procuro aprender e avaliar o cenário em que tudo ocorreu. Procuro fazer com que a situação de explosão torne-se produtiva e...

E quando o psicólogo fica esgotado?Entenda sobre a Síndrome de Burnout e seus impactos. Em meados dos anos 70 surge nos Estados Unidos o termo Burnout, que é a junção de burn = queima e out = exterior, sugerindo um estresse crônico mais associado ao mundo do trabalho, em que a pessoa sente “perder a energia”, o entusiasmo e o interesse, comprometendo a sua saúde e desempenho profissional. No Brasil esse termo é conhecida como “síndrome do fósforo queimado”. A pessoa que sofre de Burnout costuma apresentar um nível de estresse enorme, cansaço e mal-estar generalizado, apresentando assim, sinais de esgotamento físico, psíquico e emocional que...

Salvador Minuchin – Pioneiro da Terapia Familiar Falecendo aos 96 anos, Salvador Minuchin, deixa uma imensa contribuição para a psicoterapia familiar. Foi um psicoterapeuta provocador, cujo trabalho pioneiro com adolescentes em situação de vulnerabilidade social, deslocou o foco de seus sintomas individuais para suas relações familiares, morreu na segunda-feira em Boca Raton, Flórida. Dizia que: “Seja qual for o padrão escolhido pela família ele tende a se autoperpetuar. Embora existam alternativas, as famílias provavelmente não as considerarão, até que uma mudança nas circunstâncias produza estresse no sistema.” Conduzindo sua pesquisa e prática na Filadélfia e na Cidade de Nova York, o Dr. Minuchin ajudou...

Father and son talking Deduzir, perguntar, explicar, dialogar… Por que ainda temos tanta dificuldade em relação a falar, expor nossas dúvidas, medos e opiniões? Por que preferimos deduzir ao invés de dialogar ou checar nossas percepções? Muitos podem ser os motivos, mas na maioria das vezes estão associados a aprendizados e mitos familiares a respeito do ato de conversar sobre problemas ou dificuldades nas relações. E em função disto vamos carregando esses aprendizados, por vezes não explícitos, ao longo das gerações familiares. Recentemente, conversando com uma amiga, cujo filho havia vindo visita-la, perguntei: “até quando ele ficará aqui em BH?” Ela respondeu: “não...

“O que você quer comer?” Perguntou a avó para o neto durante o café da manhã.“Qualquer coisa. Põe o que você quiser.” Respondeu o garoto de 5 anos que, sentado à mesa, brincava em seu celular. Logo a seguir entraram mais três crianças da mesma faixa etária. Sentaram-se e os pais lhes entregaram celulares ou tablets. Enquanto comiam ou tomavam seus sucos, os olhos ficavam fixos, vidrados na telinha daquele que tem sido a sua principal companhia na hora de se alimentar. Nem piscavam! Pareciam estátuas, ou melhor, verdadeiros anjos… Que maravilha! Que tranquilidade tomar café da manhã assim, com crianças tão bem comportadas!...

É assim que denominamos as pessoas que sempre colocam a culpa no outro. Este meme representa muito bem aqueles que funcionam desta forma. Sabe aquela pessoa sempre encontra um defeito no outro ou uma justificativa nas atitudes do outro, mas não olha pro próprio umbigo? Então, é assim que funciona o extrapunitivo. O umbigo dele tá cheio de sujeira mas ele não vê. E se bobear ainda é capaz de colocar a culpa na própria sujeira! Muitas e muitas vezes, ouvimos no nosso cotidiano e na nossa clínica que quem precisa de terapia é outro, que a culpa é do outro, que quem errou...

Na música MEDO, Lenine descreve brilhantemente as sensações que o medo causa e pode causar. De uma evitação em enfrentar uma situação difícil à total paralisação, o medo está sempre presente. Às vezes como bom protetor, mas muitas vezes, e na maioria dos casos das pessoas que buscam a ajuda de um psicólogo, ele aterroriza, distorce a percepção e diz: “Não, não vá”! Sentir medo não é bom, mas em muitos momentos necessário. No entanto, se o alimentamos como a um bebê, logo, logo, ele fica muito forte e bem nutrido. Diferentemente dos bebês, no entanto, nem sempre a única forma de alimentá-lo...

https://www.youtube.com/watch?v=SWS_-z8egIs Adoção: amor em uma via de mão dupla. São diversos os fatores que levam um casal à adoção. Desde a impossibilidade de gerar um filho biológico, aumentar a família, à desejar dar oportunidade para que as crianças possuam um lar amoroso e uma família. Independente do motivo, vejo a adoção de um filho como uma via de mão dupla, onde se dá e recebe amor. Os pais adotam seus filhos e os filhos adotam seus pais. É um processo recíproco onde pais e filhos se adotam. Neste processo, o casal precisa ter clareza dos motivos que o leva à decisão da adoção e...

“As palavras precisam ser relativizadas ao modelo de mundo que tem a pessoa com que se fala” (Bandler e Grinder) Para um terapeuta ericksoniano é sistêmico é tão importante adotar uma comunicação particular quanto se concentrar na observação do sujeito. Com efeito entre os grandes princípios ericksonianos este é um que exige do terapeuta utilizar tanto sua comunicação quanto o desenrolar das intervenções, tudo o que lhe traz a pessoa tudo que ela leva consciente ou inconscientemente. Essa vigilância se aplica por consequência em dois domínios: o conhecimento da personalidade do cliente e do seu comportamento verbal e não verbal durante...

https://www.youtube.com/watch?v=qjNaW6maUDA&t=6s Amigos, amigos, negócios à parte. Será? Nem sempre é tão simples como nos ensina o ditado popular. Relação de amizade, negócios e dinheiro é uma tríade que é, no mínimo, bastante complexa (pelo menos na cultura brasileira). A maioria de nós já passou por situações difíceis que envolviam amizade e dinheiro. Uma das principais situações tipo “saia justa” é aquela em que você empresta seu nome, cartão de crédito ou um valor a um amigo ou parente e este não honra com a dívida feita. Quando ocorre uma vez, talvez até passe, mas e quando a situação se repete? Uma pesquisa...