Geral

Já observaram como algumas pessoas possuem o vício de desqualificar os aspectos positivos de suas vidas ou da vida dos outros? Chamamos este comportamento de vício do “sim, mas..” O discurso destas pessoas tende a reconhecer aspectos positivos, mas em seguida desqualifica-os acrescentando uma negativa que anula qualquer possibilidade de satisfação, prazer ou senso de realização pelo que foi dito antes. Para exemplificar: “Sim, este texto é bom, mas as letras poderiam estar maiores.” “Ele me elogiou, mas acho que foi só para me agradar”. “Poderia chamá-la para sair, mas acho que nem adianta”. Mas, mas, mas…  E uma avalanche de “mas” surge para...

Este é um texto sobre psicoterapia, a ciência – arte da mudança e reconfiguração positivas de pessoas e grupos. Mais do que escrever teorias e ideologia elaboradas e sofisticadas, a autora se dedica a destacar um dos mais criativos recursos, os quais tornam a prática psicoterápica mais “leve” e ao mesmo tempo, potencializa a sua eficácia: o uso de histórias e metáforas. Quem não gosta de histórias? Elas sempre estiveram presentes em nossas vidas. Começando pela infância (Ah! As histórias de bruxas, duendes, magos, reis, princesas e heróis…), passando pela adolescência (aventuras e amores), pela juventude e maturidade (descobertas, filosofias e enigmas). Ah! As...

Há alguns anos, dando supervisão para um aluno do curso de Terapia Breve, observei o quanto ele estava ansioso para que as mudanças de seu cliente ocorressem. A todo instante me dizia: “Mas, já temos 8 sessões !” E eu lhe respondia: “Calma, só temos 8 sessões”. E ele: “Mas o combinado são 16 sessões, neste ritmo a terapia não vai ser breve nunca!”. Neste instante, percebi que ele, como muitas pessoas, confundiam brevidade com pressa. Disse-lhe então: “A Terapia que fazemos é breve, mas nunca apressada”. Depois disto parece que algo mágico lhe ocorreu e ele respirou aliviado. Considero que...

“Sua terapia dá resultados mesmo?”. Esta foi a pergunta que um senhor me fez, assim que se assentou no sofá de meu consultório. Embora trabalhe há anos com psicoterapia breve chamou-me a atenção, ter sido esta a primeira coisa que ele disse. Segundo ele, a pergunta se deveu a um cansaço de já ter ido a vários profissionais e realizado outros processos de psicoterapia, porém sem sucesso na resolução de suas dificuldades. Nestes, até conseguia compreender o seu problema, mas o “danado” continuava ali, presente em sua vida. O que ele queria, e com muita legitimidade, era não só compreender,...